quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ser feliz é mais simples do que se imagina

Estamos de volta! Depois de um longo recesso resolvi postar algo que acredito ser necessário ser dito. Achei oportuno dar tempo para descansar e realizar minhas próprias buscas e reflexões. Mas a responsabilidade me chama e estou novamente aqui para fazer-lhes companhia na busca incessante. Então, mãos a obra!

Não se pode negar que nosso mundo está cheio de tristeza, infelicidade, frustração e revolta. Sentimentos originados de desejos não realizados e sonhos impossíveis. Mas será que essa dor é realmente inevitável? Será impossível viver sem tanto sofrimento? Neste post convido você a refletir comigo sobre este tema um tanto presente na vida de muitas pessoas.

O que faz você infeliz?

Geralmente somos indagados sobre o que nos faz feliz, sobre a infelicidade ninguém gosta de falar. Mas a pergunta é pertinente, afinal, a infelicidade acontece com muito mais frequencia que a felicidade na sociedade moderna. Então, o que o faz infeliz?
Tenho certeza que muitos de vocês demoraram um bom tempo para dar a resposta a si mesmo, por que? Porque tanto felicidade quanto infelicidade são termos extremamente abstratos, difíceis de serem constatados, medidos, avaliados. Quem de nós pode dizer que é feliz ou infeliz? Para alguns a felicidade é a coleção dos momentos alegres, de paz. Seria, então a infelicidade a coleção dos momentos de tristeza? Se sim, então poderíamos concluir que uma pessoa é ou não feliz dependendo da diferença entre os momentos alegres e tristes? Se o saldo for positivo (mais momentos alegres que tristes) então a pessoa deve se considerar feliz e vice-versa?
Mas voltando ao cerne da questão, quais os motivos que levam à condição de infelicidade? Seria a falta de grana, o fracasso no relacionamento amoroso, o filho desencaminhado, o emprego massacrante, a morte de um ente querido? São tantos os motivos a serem apresentados, não é mesmo? Entretanto, lembro-me daquele velho adágio: “Tá difícil?! Poderia estar pior!”. É só lembrar dos países miseráveis da África ou dos incessantes conflitos no Oriente médio. Para alguns isso poderia servir de consolo, mas para quem está enfrentando um momento difícil, não passa de falácia. Mas será mesmo que os motivos apresentados acima (e aqueles omitidos aqui) realmente justificam o infortúnio?

A verdade que liberta

Sendo bem direto, não existe motivo para ninguém, eu disse ninguém, nesse mundo se sentir infeliz. Como assim?!? Você me pergunta. Não se "avexe", temos o post todo para explicar e assim o faremos.
É bom lembrar a você, antes de tudo, que qualquer que seja a situação em que uma pessoa se encontre na vida, isso é resultante única e exclusivamente de suas próprias escolhas. Tanto a nível consciente, quanto inconsciente. Além das escolhas feitas pela sua essencia divína antes mesmo dela nascer. Então, se você está exatamente onde escolheu estar, porque ficar frustrado, insatisfeito, infeliz? Antes de mais nada, você precisa saber que nada, absolutamente nada é ruim o bastante que não possa ser extirpado de sua existência. Afinal, o seu universo é você quem cria e você pode modificá-lo a seu bel prazer. 
Tudo isso é balela, poderá dizer alguém. Como posso sair de uma situação desagradável somente com base na escolha? Bem, para cada caso o seu remédio. Um flagelado da África, por exemplo, não pode fazer muita coisa a respeito de sua situação, não é mesmo? Mas antes, precisamos avaliar o porquê de ele ter nascido em um lugar tão "desafortunado". Como já foi dito aqui alguns escolhem viver uma existência cheia de privações e lutas afim de curar suas culpas e doenças psiquicas, por vontade própria ou porque outrém os convenceu de que este é o caminho para "evoluir". Neste caso, a consciência da escolha é, por si só, motivo para parar de se lamentar e se fazer de vitima.
Outras situações são bem mais fáceis de se livrar, o que nos impede de fazê-lo é o nosso já conhecido ego. Um relacionamento infeliz? Então por que não jogar essa "infelicidade" pro alto e partir pra outra? "Não consigo, eu o amo demais. Não sei viver sem ele." Hum, sei. Na verdade o apego está falando aqui, não o amor. E você escolhe manter um relacionamento fracassado para não ferir o ego. A grana tá curta, o emprego não é bem aquilo que você queria?! Bom, na maioria das vezes não é a grana que é curta, é seu apetite que é muito voraz. Então, amigo, reveja suas prioridades e trate de dar valor ao que realmente importa e não ao superfluo e fugaz. Novamente você escolhe ficar duro para poder comprar aquele sonho de consumo para, mais uma vez, satisfazer o ego. Quanto ao emprego? O medo de não conseguir outro o está impedindo de largar esse lugar que você detesta. No momento em que você toma consciência de que você tem toda condição de conseguir outro emprego e perder esse medo que não passa de ilusão, então você se livra de mais esse "motivo".
Assim, meu amigo, eu poderia ficar horas e horas "puxando sua orelha" e mostrando que não há motivo para tristeza além daquele auto-infligido por você. Mas temos que continuar e desenvolver mais o assunto.

Nem todo vicio é externo

É preciso que seja dito também que muitas pessoas são viciadas não em bebida, droga ou sexo... mas são viciadas no coquetel químico gerado pela decepção, frustração, medo, raiva. Dificil de acreditar?! É a mais pura verdade. Existem pessoas (mais frequentemente mulheres) que passam a vida se lamuriando, se fazendo de vítima e buscando motivos que confirmem essa condição. Só assim elas poderão continuar se sentido vítimas e gerando as emoções que irão encher seus organismos com adrenalina, cortizona e tantos quantos forem os agentes químicos gerados por estes sentimentos. Assim, essas pessoas se auto-sabotam patologicamente afim de conseguir alimentar o vício. Nestes casos, assim como em qualquer vício, a pessoa necessita de ajuda para curar-se, mas a cura para quem é viciado em emoções degradantes é bem mais difícil, pois a droga é fabricada e consumida dentro de si.

A sociedade estimula a infelicidade

Outro agravante para os infelizes é a própria sociedade. Além da pessoa ser viciada, ainda é estimulada a continuar no vicio. Como?! Bem, basta ligar o rádio e ouvir a penca de músicas "românticas"... canções com ritmo melancólico e falando de amor não correspondido, traição, desilusão. Liga-se a TV e a novela ou o filme mostra o que?!? Violência, traição, desilusão. A literatura?!? Nem preciso continuar.
Assim, amigo, não é de se admirar que nossa sociedade esteja do jeito que está. Cheia de gente "infeliz". Quanta bobagem! O que precisamos é nos perguntar quem é que ganha com essa condição. Não irei dar esta colher de chá a você, pesquise um pouco e descubra você mesmo. Mas saiba que alguém está se beneficiando com isso, não tenha dúvida. Se assim não fosse, não estariam investindo tão pesado na sua infelicidade.
Mas o que alguém poderia ganhar com a infelicidade alheia?!? Bom, enquanto você está se remoendo por dentro, se martirizando e gastando energia com algo que você escolheu, você deixa de focar sua atenção no mais importante, que é sua própria caminhada, sua jornada pela vida, seu propósito neste planetinha azul.

É na simplicidade que está o caminho

Vou confessar uma coisa a você, quando era mais novo eu tinha essa mania de grandeza que me fazia ter como objetivo na vida ser presidente ou algo do tipo. Na adolescência cheguei a querer me meter em grêmio estudantil para iniciar uma carreira política que me levasse a meu objetivo. Quando vi a sujeira que é a política, mudei o foco, acreditava que mudaria o mundo de outra forma, pelo caminho espiritual... daí já almejei ser pastor, gurú o escambal. Se tivesse continuado na ilusão talvez até chegasse em algum lugar, quem sabe... só para lá na frente perceber minha tolice e petulância. Mas ainda bem que despertei a tempo e hoje sei que não é bem por aí.
Mas até bem pouco tempo mesmo eu ainda achava que tinha algo de importante a fazer neste mundo. Alguém como eu, eu pensava, tinha que ter um propósito maior, mais condizente comigo. Então numa sessão de meditação foquei em meu propósito nesta vida. Sabe qual foi a resposta que recebi de meu Eu superior? "Seu propósito é cuidar de sua esposa e seu filho! " Tome!!! Baixe essa bola e ponha-se no seu lugar, seu trouxa, poderia dormir sem essa.
Depois de um tempo regurgitando essa revelação a ficha caiu: Pra ser feliz não preciso alcançar algo grandioso e nem ser alguém importante. Levar a vida simples e cuidar de minha família da melhor maneira, é algo digno e bom. Assim também estarei fazendo algo importante para o planeta: Posso criar meus filhos ensinando-lhes o caminho da verdade, guiando-os para que sejam pessoas despertas, compromissadas com sua evolução e com o bem deste planeta. Estes, poderão fazer o mesmo pelos meus netos e assim por diante. E na simplicidade da vida, algo grande pode ser alcançado. Não aqui, não agora, mas lá na frente, sem minha participação direta, mas tendo a mim como alguém que contribuiu de forma singela para um resultado que hoje nem posso conceber.

Então, meu amigo(a) desencane! Sua contribuição para um mundo melhor pode ser apenas uma palavra dada, não importa. Viva sua vida conscientemente e pare de dar ouvidos para o que o sistema lhe diz. Saiba que sua felicidade está em suas mãos, bastando para isso que você a abrace.

Assim por hoje me despeço.

Na eterna felicidade, deixo-lhe o meu abraço.

6 comentários:

  1. Olá, Claudio, como vai? =]

    Se você não tivesse comentado lá no PP, eu não saberia que você tinha voltado, meu feed travou.

    Belíssimo texto, principalmente o tópico final. Também já caí na falsa ideia de missão, grande propósito e objetivos megalomaníacos.

    Mas quando você finalmente silencia de verdade, você percebe o quão simples é a vida, e que as missões a que nos damos são apenas arbítrárias.

    Educar um filho, amar a esposa e se autoconhecer são atos muito mais relevantes do que querer mudar o mundo com ideologias egóicas. A mudança verdadeira se encontra nos pequenos detalhes.

    Viver é fácil, nós é que complicamos.

    Parabéns pelo texto e por ter cortado as rebarbas.

    Abração!

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  2. É amigo, e como complicamos. Depois de aparar as arestas, nós retornamos com o "papo reto", sem falsas pretensões. Mas uma vez a sincronicidade impera, hehehe.

    Grande abraço, Marcos.

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  3. Oi Cláudio!

    como prometido o seu retorno está sacramentado rsrsrs. Excelente o seu texto, é isso mesmo, o apetite voraz resume bem essa tal de infelicidade.

    Confesso que eu também, desde pequena, tinha essa "sensação" de ter vindo para realizar uma "grande missão" rsrsrs, e já na adolescência começaram a ruir os sonhos egóicos de grandeza, etc e tal. A frustração veio com uma força devastadora e eu acabei por descontar minha fúria-fel no mundo e nas pessoas ao meu redor... uma lástima, mas foi um aprendizado e tanto. Só depois consegui compreender a dor e o sofrimento que eu mesma tinha escolhido experienciar. Recordo-me disso como um sonho que eu tivesse sonhado há centenas de anos, e com razão, pois estava num sono profundo. Digamos que, após o furacão que me virou de ponta à cabeça, e me chacoalhou até eu ficar sem chão, eu venho despertando do coma e vivendo com mais humildade, com mais serenidade e sendo alegremente responsável por minhas próprias escolhas. Foi preciso perder-me para encontrar-me.

    Não há nada de grandioso para acontecer, nenhum gran finale, a felicidada está nas coisas mais simples do dia a dia.

    Valeu pelo texto, é um grande incentivo quando vc compartilha suas próprias experiências conosco.

    Abração!

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  4. Obrigado pelo comentário, Linne. Resumiste muito bem o que pode ser a jornada rumo ao despertar! Seu depoimento é bem emblemático com relação a encarar a simplicidade da vida como algo grandioso. Esse é o real sentido.

    Um grande abraço.

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  5. Eu acredito hoje na simplicidade. Estamos tentando achar as coisas pra nos satisfazerem, mas ela está dentro de nós sempre, abraço CY.

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  6. É isso aí, Cynthia. O tesouro sempre esteve guardado dentro de nós.

    Um beijão.

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