Você já imaginou a dificuldade enfrentada pelo Ser, seu Eu superior, para se manifestar nesta dimensão física? Você consegue compreender o desafio que é tentar realizar uma missão ou cumprir um plano traçado com os recursos extremamente limitados que o Ser dispõe aqui? Este post vem abrir um pouco sua mente sobre esse aspecto tão negligenciado por nós mas que é de considerável importância.
O nascer e o morrer
Para o ser humano médio, adormecido e perdido no mundo físico, o nascimento é uma celebração, tradicionalmente comemorada todos os anos da vida do indivíduo. Enquanto a morte é encarada com extremo pavor e vista como o fim da linha, a maldita sina humana a que, mais cedo ou mais tarde, todos têm que sofrer. Você que acompanha esse blog já sabe do tremendo engano que é lidar com a morte da forma que a humanidade lida hoje. Mas, alguma vez você já imaginou como o Ser, seu verdadeiro Eu encara essa dualidade nascimento/morte?
Sob a ótica do Ser, de certa forma as coisas se invertem; o nascimento é encarado pelos seus pares e por ele mesmo como um sacrifício a se fazer a fim de se atingir um objetivo. Nascer é como o morrer para o Ser livre, pleno e em unidade com tudo o que é. Mas como assim? Alguém perguntaria. Ora, tente entender com os olhos do Ser o que o nascimento neste mundo representa. Nascer significa esquecer-se de quem é, perder a comunhão com a Fonte, afastar-se dos seus pares e do ambiente o qual se vive, perder a liberdade de ação e estar confinado em um veículo limitado, fraco e imperfeito. E ainda comemora-se todo ano este momento “sublime”.
Em contrapartida, a morte é um momento de extrema alegria, paz e regozijo. Existe farto numero de relatos sobre casos de quase morte onde as pessoas sempre dizem ter sentido uma tremenda paz e alegria. Isto é sintomático a respeito do que estou falando. O Ser, ao se livrar do veículo físico, tem a possibilidade de recobrar a consciência, libertar-se do mundo pesado que é o físico e “retornar para casa“ e para o convívio dos seus, que o recebem com extrema alegria. Digo tem a possibilidade pois na maioria das vezes não é isso que acontece, a situação degradante da humanidade é tal, que ao morrer o Ser se livra do corpo de carne, mas permanece com o corpo emocional, também conhecido como corpo astral ou períspirito, aquela parte do veículo que se identifica com a mente e leva para o outro lado todas as “mazelas” emocionais do veículo. Já falamos sobre isso aqui.
Pode parecer que eu estou sendo um tanto quanto sombrio e pessimista, mas, infelizmente, esta é a verdade. Quantas e quantas pessoas, depois de uma noite desfrutando um pouco da dimensão astral, ao chegar o momento de acordar de manhã e voltar para suas vidas, sente um desânimo e uma vontade de não voltar à prisão dimensional? Você se assustaria com a quantidade de pessoas que estão nessa situação. O único motivo que as faz ter forças de voltar ao corpo e levantar de manhã é sua missão, seu objetivo almejado para essa vida.
Carro desgovernado
Além do fato de ter que suportar a prisão dimensional, a esmagadora maioria dos Seres tem que aguentar um veículo (corpo/mente) rebelde e desgovernado. Meu Ser me contou o quanto é desgastante você lidar com um veículo que tem vontade própria e é surdo para com seu “condutor”. Deixe-me fazer uma analogia para que você possa entender o suplício que o Ser tem que enfrentar durante sua passagem por aqui:
Imagine que você seja o Ser, o Eu superior pronto para uma jornada no planeta Terra e que um carro de passeio seja o seu veículo de manifestação no físico. Agora, sua missão é entrar no seu veículo e ir ao aeroporto para pegar um parente seu que vem o visitar. Parece uma missão bem simples não é verdade? Mas e se ao sair da garagem, você percebesse que o volante do carro é extremamente duro e pesado de se manobrar e que, de vez em quando, ele vira sozinho e entra numa rua completamente fora de sua rota? Que quanto mais você tente corrigir a rota, mais o carro se rebela e entra num desvio? Será que você algum dia conseguiria chegar ao aeroporto? Talvez um milagre o ajudasse.
Entende agora o quanto é desanimador para o Ser ter que “aturar” o veículo (Corpo/Mente)? A sorte é que nosso Ser é paciente, ele sabe que aquele veículo pode um dia, talvez, acordar, sair da rebelião e voltar aos trilhos... e se ele não amansar, nada como outra tentativa com um veículo novinho lá na frente. O Ser não tem pressa, ele tem a eternidade toda pela frente, ou melhor, ele não se preocupa com o tempo pois sabe que este é uma ilusão útil apenas ao veículo.
Adaptação difícil
Um dos momentos mais críticos para o Ser em sua jornada no físico são os primeiros anos de vida. Neste período o Ser está extremamente limitado em suas ações, está confinado em um corpo diminuto e tem que aprender as particularidades daqui; comer, falar, pensar... tudo é novidade e difícil de se fazer. A infância é uma das particularidades deste planeta e também um dos grandes entraves na jornada do Ser. Pois esse é um momento onde o veículo está mais fragilizado e suscetível às investidas do sistema e o Ser não tem muito poder de atuação ainda. Quando a Terra ascender da condição de prisão em que se encontra, a infância será uma das coisas que desaparecerá também. Não que a infância seja algo negativo, de forma alguma, ela é extremamente útil em um mundo sem amor como o nosso. A condição frágil, meiga e dependente da criança ajuda a criar o vinculo amoroso entre ela e os pais visto que na maioria das vezes, neste planeta, laços de sangue significam carma, resgate, culpa, remorso. Em outros planetas esse tipo de vinculo não existe, o amor incondicional é incompatível com os laços familiares. O Ser manifesta seu amor a todos sem distinção ou preferências. No nosso planeta isso é ainda uma utopia.
No despertar, a paz
Quando a pessoa desperta do sono de Maya, as coisas se tornam muito mais fáceis para o Ser. Todo o problema com o “carro desgovernado” começa a desaparecer e o Ser pode cumprir seus objetivos com mais facilidade. Por isso é tão importante que você desperte, quanto mais pessoas despertarem, melhor, é o efeito do 101º macaco. Com o despertar, inevitavelmente vem a paz e a serenidade de que este planeta tanto carece. Sem o movimento de resistência do veículo, mente e espírito podem andar juntos e a existência neste plano passa a ser uma jornada bastante interessante.
O fim do Medo
A primeira coisa que vai embora quando se está desperto é o Medo, uma vez que a raiz primeira do medo é a morte. Com o Ser em constante comunhão com o veículo, o medo da morte perde o sentido e todas as outras formas de medo tendem a se esvair no mar do esquecimento. Sem medo, o Ser pode se expressar plenamente e a liberdade pode ser experimentada novamente, em menor escala, é claro, mas o desperto efetivamente torna-se inabalável. Que coisa pode ameaçar alguém sem medo? A morte, a fome, o futuro? Com a consciência da imortalidade, nada pode atingir o desperto! Com esse grau de liberdade, você deixa de gastar a vida procurando meios para se proteger (Emprego estável, aposentadoria, acumulo de riquezas...) e passa a focar no que realmente importa e para o que você veio fazer aqui. É assim que o carro deixa de ser desgovernado e o Ser fica pronto para cumprir seu objetivo.
Um abraço.
de Ser para Ser.
Olá, que maravilhoso, quanta sensibilidade neste texto, muito obrigado!
ResponderExcluirFico feliz em receber um feedback como este, Sissi. Obrigado pela visita.
ResponderExcluirSão comentários como o seu que me motivam a continuar compartilhando minha experiência aqui.
Um beijo.
Olá,
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Gostaria de repercuti-lo em meu blog TRAZENDO LUZ.
Fique na LUZ!
JJ
CARAMBA!!! QUE LEITURA DELICIOSA. EU NÃO RESISTE E ACABO DE RELER. ESTA PÉROLA INFORMATIVA, E MUIIIIIIIIIIIITO ESTIMULADORA. PARABÉNS, POIS SUA MENSAGEM, ATINGIU SEM DUVIDA O GRANDE OBJETIVO. ATINGE EM CHEIO, NOSSAS ALMAS. MUITO MAIS MUITO GRATO. MEU PREZADO COMPANHEIRO DE JORNADA RECEBA MEU RESPEITO,CARINHO,E AMIZADE.DO AMIGO!!! NOVAN
ResponderExcluirOlá, JJ, seja bem-vindo. Fique a vontade para reproduzir o texto no seu blog, a idéia é espalhar a mensagem.
ResponderExcluirEspero vê-lo aqui mais vezes e fico feliz em poder ajudar.
Um abraço.
Que bom que gostaste, Novan. Fico muito feliz em ver que de alguma forma acrescento algo de bom em sua vida.
ResponderExcluirContinuemos juntos, meu amigo. A jornada está apenas começando.
Um grande abraço.
A.Q.B, quero parabenizá-lo pelo trabalho maravilhoso que está fazendo através deste blog. Em meio a tantos, os textos aqui postados tocam a alma e enchem o coração.
ResponderExcluirValeu!!!
Obrigado pela visita, Fabiane. Agradeço também pelo elogio. São posts como o seu que me dão motivação para continuar compartilhando o pouco do que sei. Espero continuar ajudando você em sua caminhada.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Buscador:
ResponderExcluirVocê resumiu brilhantemente o assunto.
Gostei também do estilo leve e descontraído.
Voltarei mais vezes.
abraços
Seja bem-vinda, Atena! Fico feliz que tenha gostado do meu humilde espaço. Para mim será uma honra recebê-la mais vezes.
ResponderExcluirUm abração.
Olá, muito prazer Aquele que Busca,
ResponderExcluirConsciência sem alarmismos. Como voltar a dirigir sua navezinha espacial sem colidir com os carros a gasolina, e com alguns ainda movidos a pedra:)
Adorei suas reflexões. Muito obrigada:)
Abraços, deixo-lhe um coração de cristal safira de azul profundo e encorajador, e algumas pétalas rosadas com dourado.
Madalena
Eu que agradeço sua visita, Madalena. Recebo o coração de safira com muito gosto.
ResponderExcluirUm abraço fraterno.
Aquele que busca,olá!
ResponderExcluirLi todos os posts que aparecem na primeira página e adorei!
Voltarei mais vezes. Este texto em especial me tocou profundamente! Aconteceram muitos "cliks"... pode ter certeza.
Um abraço agradecido.
Astrid Annabelle
Viva, bom dia.
ResponderExcluirCheguei aqui ao seu blog através da querida Astrid Annabelle.
Quero dizer-lhe que gostei muito do seu texto. A morte é um tema com o qual sempre estive muito à vontade. Acho que já nasci sem medo da morte!! Nesta jornada tenho aprendido, sobretudo, não ter medo da vida! Hoje, com 50 anos, consegui um bom equilíbrio.
Gostei muito do seu texto e vou passar mais vezes para ler outros.
Um abraço :))
Filomena
Olá
ResponderExcluirVim aqui ter porque a Astrid, do «Navegante do Infinito» fez uma chamada de atenção para este seu lindo blogue.
Foi um prazer conhecê-lo. Parabéns pelos textos lindos que você nos oferece.
Abraço,
António
Olá,
ResponderExcluirvim através da Astrid...
Muito lindo o seu texto. Suscinto e objetivo...
Um abraço e Grata pela partilha...
Hanah
Astrid, Filomena, Antônio e Hanah, fico muito feliz com a visita e o feedback de vocês. É importante essa troca de energia entre nós, nos faz crescer e elevar nossas consciências. Espero vê-los aqui outras vezes. Estou preparando um post bem interessante para esta semana.
ResponderExcluirUm grande abraço.
... eis o motivo pelo qual muitas pessoas que seguem filosofias e religiões orientais, fazem da reunião de despedida (velório) motivo de regozijo, alegria, reconhecimento de glória para aquele que parte, saudade e desejo de boa viagem, de retorno ao que é, desejando que siga em direção à luz. Com uma explanação acima e muito esclarecedora, conclui-se que faz muito sentido...comemorar quando um ente querido parte. Nossos apegos e uma compreensão errônea do que seja viver nos faz sofrer e amenizamos esse estado quando assimilamos, compreendemos e mudamos a forma de perceber buscando uma maior consciência. Paz, Luz e Amor a todos!
ResponderExcluirÉ exatamente isso, Anna. Os orientais já sabem dessa verdade universal de que somos centelhas divinas imortais. Que a morte é só uma passagem, daí o fato de encararem com naturalidade e até celebrar a passagem para o "mundo real", visto que este aqui, é temporal, finito e ilusório.
ResponderExcluirUm grande abraço.
... pois é esta a colocação que ecoa ""passagem para o "mundo real" visto que este aqui, é temporal, finito e ilusório"". Isso sempre me intrigou e ainda continua, pois tudo está invertido, aceitamos, vivemos nele, continuamos e muitos outros vão entrar nessa ilusão com a crença de que seja a única realidade. Estamos é muito bem formatados, muito programados, fizeram um trabalho fantástico, quê tecnologia! é pura ficção (como a entendemos) e que na verdade é a realidade existencial.
ResponderExcluirAo Aquele que busca, parabéns pelos seus textos, além de nos informar, nos conforta e ao mesmo tempo gentilmente nos conduz. Paz e Luz!
Namastê!
Meus parabéns, adorei todos seus tópicos!
ResponderExcluirTwitei-os e coloqueios na minha página do Facebook, com os devidos créditos, ok?
Um forte abraço/Nelson
Oi Nelson, obrigado pela visita. Fico feliz que tenha gostado. Pode repassar a vontade!
ExcluirUm abraço.
Texto maravilhoso. Concordo com todas estas revelações. Obrigado por escrever estas pérolas, amigo.
ResponderExcluirEu que agradeço por você ter cedido um pouco de seu tempo para ler meus textos. Seja muito bem-vindo, Johnper.
ExcluirOlá Claudio.
ResponderExcluir(Desde o principio do ano eu entrei numa especie de depressão, durante o ano foi -se aprofundando, e há pouco tempo, como por milagre, melhorei, e de repente o nevoeiro que havia há minha volta dissipou-se.)
Gosto do que escreves, e tocou-me principalmente o teu artigo: " A insustentável leveza do ser" foi como se o tivesses escrito para mim.Obrigada. Obrigada a todos os blogueiros que me ajudaram durante esta caminhada, agora começo a entender que nada acontece por acaso. Ana.
Que bom que pude ajudá-la de alguma forma, filhadevenus. Fico muito feliz com seu comentário.
ExcluirUm brande abraço.