quinta-feira, 14 de julho de 2011

Era uma vez, O Espírito

Era uma vez um Espírito perfeito, sublime, único, infinito. Sendo perfeito, nada havia a acrescentar em sua perfeição, visto que se houvesse, perfeito ele não seria. Perfeito também era o ambiente em que ele vivia, uma vez que esse ambiente fazia parte dele mesmo, era sua concepção mental. Devido a esta perfeição, seu ambiente era sereno, calmo, imutável.
Nessa infinitude imutável e perfeita, uma espécie de inquietação começou a surgir no Espírito, um sentimento único que ele nunca sentira antes, uma vontade de compartilhar sua bem-aventurança... este sentimento era uma novidade para o Espírito, pois o fez perceber que não se pode compartilhar quando se é único, infinito e auto-suficiente. Daí uma espécie de solidão surgiu em seu coração e sua inquietação aumentou. 
Com a inquietação, o ambiente do espírito perturbou-se e passou a haver movimento. Este movimento surpreendeu o Espírito que nunca concebera tal fenômeno em seu ambiente perfeito. O movimento era de uma beleza impar ao Espírito e quanto mais o admirava, este aumentava de intensidade e magnitude até que todo o ambiente tornou-se um imenso vórtice de luz e som cheio de beleza e harmonia.
Ponderando sobre o que acontecera, o Espírito percebeu que sua inquietação poderia resultar em algo bom, novo e grandioso! Decidiu, então, investir no fenômeno e concebeu a ideia de criar! Ao conceber esta ideia, uma explosão surgiu do centro do vórtice de seu ambiente mental e um novo ambiente surgiu, sublime, revolucionário e instigante, pois para o Espírito este ambiente, apesar de ser sua criação, era algo desconhecido e novo para ele. Mas devido a infinitude do Espírito, a simples contemplação de sua criação foi suficiente para sua total compreensão e toda aquela dança de luzes e sons deixou de ser novidade e o Espírito perturbou-se novamente.
Então o sentimento de solidão cresceu no Espírito e ele desejou ter companhia. Assim, o Espírito experimentou dividir-se e uma espécie de mitose aconteceu! E outro Espírito, de mesma natureza e perfeição surgiu. O Espírito agora se regozijava com sua contraparte e um relacionamento de perfeito amor surgia pela primeira vez. 
Em sua infinita sabedoria os Espíritos debatiam o que acontecera com a perfeição e ponderavam os resultados da criação do primeiro espírito. Juntos eles decidiram que deveriam continuar investindo neste "projeto" e evoluir sua ideia. O segundo espírito incrementou a criação do primeiro espírito e novos elementos surgiram no ambiente recém-criado. Depois de ponderar o resultado perceberam que suas mentes infinitas e perfeitas não poderiam continuar evoluindo o projeto indefinidamente pois a perfeição não pode acrescentar mais nada ao que já é perfeito, e temeram retornar ao estado inicial onde a solidão imperava. Daí eles decidiram criar outros espíritos que acrescentassem algo novo a sua criação, assim o projeto poderia ter continuidade. Desse modo, escolheram combinarem-se e gerar um novo espírito com aspectos de um e de outro, mas que,. entretanto, não teria sua completude, pois estes queriam, através deste novo espírito, experimentar o novo ambiente sem os parâmetros da perfeição e da infinitude. Daí surgiu um novo espírito, lindo, sublime. Entretanto, finito e imperfeito.
A imperfeição do terceiro espírito foi algo estimulante para o primeiro casal, pois trouxe consigo a dúvida, a pergunta e a incompreensão. O casal tinha que explicar a criação e o propósito do terceiro espírito nisso tudo. Apesar de imperfeito, o terceiro espírito era igualmente poderoso, sábio e criativo. Acrescentando novos elementos a criação do primeiro espírito. 
Depois de um tempo, a solidão também atingiu o terceiro espírito, pois este era fruto dos dois primeiros espíritos e tinha a mesma natureza e essência. Como este não partilhava da onisciência dos seus criadores, não sabia o que acontecera antes e não tinha consciência que este tinha sido o sentimento que estimulara o primeiro espírito a criar. Seus criadores, sabedores do que significa a solidão, repetiram o processo e criaram um novo espírito semelhante ao terceiro e este foi sua consorte. Este novo espírito manifestou também sua inteligência e criatividade particular e acrescentou mais elementos a criação, assim, os dois espíritos originais concluíram que a concepção de novos espíritos era bom para criação, pois a incrementava e evoluía o projeto, conforme sua intenção inicial. 
Assim um processo foi criado e cada dupla de espíritos poderia criar espíritos combinando aspectos do casal e gerando espíritos semelhantes. Assim, uma miríade de novos espíritos surgiu no cosmos e a criação prosperou e evoluiu conforme a criatividade de cada um.
Depois de já haver um verdadeiro universo heterogêneo e belo, o primeiro espírito, agora chamado pela sua família de Criador Primordial, resolveu ampliar o conceito de criação e idealizou um universo mais complexo e menos maleável do que o ambiente criado a partir de sua própria substância mental perfeita. Assim, o Criador Primordial decidiu condensar seu pensamento de maneira tal que criaria um novo aspecto de realidade totalmente diferente do ambiente familiar a que todos podiam criar a vontade e sem qualquer dificuldade. Esta energia condensou-se em um ponto de luz fora da mente do Criador e do universo primordial. Todos os espíritos se admiraram de ver a novidade que surgira à parte deles. E também se assombraram em ver que este ponto luminoso não respondia ao seu ímpeto criador, pois o ponto era o pensamento do criador materializado e só ele tinha poder sobre este novo elemento. 
Ao ver o resultado de seu esforço o Criador ficou feliz e compartilhou com sua família o conhecimento do que viria a ser aquele ponto luminoso. E assim, depois de exposto o plano o Criador tocou o ponto e uma enorme explosão se deu. Então um espaço cheio de caos se abriu como um balão e começou a crescer e expandir-se. Os outros espíritos perguntaram ao Criador como poderiam contribuir com aquele universo magnífico que crescia à parte deles. Então o Criador explicou que a única maneira de eles contribuírem com seu novo projeto seria imergindo neste universo e criando a partir de si mesmos. Assim, alguns espíritos pioneiros se arriscaram a aventurar-se no desconhecido e quando imergiram no novo universo se tornaram imensas esferas de luz. Ao tornarem-se essas esferas cheias de matéria vindas do pensamento do Criador, então eles puderam experimentar a mente do primeiro espírito e compreenderam seu intento em toda sua plenitude. Ao compreenderem, estes espíritos agora tornados em matéria condensada explodiram em vórtices de matéria e rodopiavam numa dança de luz e som. 
Vendo a beleza que se tornaram os espíritos pioneiros, os outros filhos do Criador mergulharam no universo em formação e a medida que entravam, eram atraídos para os vórtices formados pelos espíritos pioneiros e ao adentrar nos vórtices, estes se tornaram em esferas luminosas feitas da matéria expelida pelos vórtices. Como resultado disso os espíritos pioneiros tornaram-se as galáxias e os que vieram depois tornaram-se estrelas.
Depois deste frenesi inicial o caos foi dando lugar a uma dança harmônica e cheia de pontos luminosos. Com a essência de si mesmos os espíritos estelares continuaram a manipular a matéria de seus próprios corpos estelares e criaram esferas não-luminosas que eram preenchidas com espíritos vindos do universo primordial, estes por sua vez manipulavam sua própria matéria e tornavam-se esferas planetárias, cada uma com as particularidades de seu espírito criador. 
Assim, mais e mais espíritos quiseram fazer parte deste ambicioso projeto e mergulhavam no agora imenso pensamento condensado do Criador Primordial. Estes espíritos entravam e criavam coisas novas nas esferas planetárias. Então, Saturado de consciência criadora, alguns espíritos quiseram não mais criar e sim experimentar o belo mundo que o pensamento do Criador havia se tornado. Então, estes espíritos fragmentaram-se a si mesmos e espalharam estes fragmentos em suas esferas. Estes fragmentos conscientes passaram a ser os seres vivos habitantes dos planetas. Estes seres, como eram partes de um espírito criador, passaram a evoluir e crescer consciencialmente até tornarem-se conscientes de si mesmos e do universo criado. Surgiam aí os primeiros fragmentos conscientes do universo.
O que foi dito inicialmente e planejado pelo Criador Primordial se concretizara finalmente. E o que os espíritos não sabiam e agora percebiam era que o próprio Criador experimentava sua criação através deles e de seus fragmentos. Assim, nunca mais haveria monotonia na infinitude e nem solidão na perfeição. E o Criador Primordial pode enfim compartilhar sua bem-aventurança com sua bela criação.

Um abraço.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ser feliz é mais simples do que se imagina

Estamos de volta! Depois de um longo recesso resolvi postar algo que acredito ser necessário ser dito. Achei oportuno dar tempo para descansar e realizar minhas próprias buscas e reflexões. Mas a responsabilidade me chama e estou novamente aqui para fazer-lhes companhia na busca incessante. Então, mãos a obra!

Não se pode negar que nosso mundo está cheio de tristeza, infelicidade, frustração e revolta. Sentimentos originados de desejos não realizados e sonhos impossíveis. Mas será que essa dor é realmente inevitável? Será impossível viver sem tanto sofrimento? Neste post convido você a refletir comigo sobre este tema um tanto presente na vida de muitas pessoas.

O que faz você infeliz?

Geralmente somos indagados sobre o que nos faz feliz, sobre a infelicidade ninguém gosta de falar. Mas a pergunta é pertinente, afinal, a infelicidade acontece com muito mais frequencia que a felicidade na sociedade moderna. Então, o que o faz infeliz?
Tenho certeza que muitos de vocês demoraram um bom tempo para dar a resposta a si mesmo, por que? Porque tanto felicidade quanto infelicidade são termos extremamente abstratos, difíceis de serem constatados, medidos, avaliados. Quem de nós pode dizer que é feliz ou infeliz? Para alguns a felicidade é a coleção dos momentos alegres, de paz. Seria, então a infelicidade a coleção dos momentos de tristeza? Se sim, então poderíamos concluir que uma pessoa é ou não feliz dependendo da diferença entre os momentos alegres e tristes? Se o saldo for positivo (mais momentos alegres que tristes) então a pessoa deve se considerar feliz e vice-versa?
Mas voltando ao cerne da questão, quais os motivos que levam à condição de infelicidade? Seria a falta de grana, o fracasso no relacionamento amoroso, o filho desencaminhado, o emprego massacrante, a morte de um ente querido? São tantos os motivos a serem apresentados, não é mesmo? Entretanto, lembro-me daquele velho adágio: “Tá difícil?! Poderia estar pior!”. É só lembrar dos países miseráveis da África ou dos incessantes conflitos no Oriente médio. Para alguns isso poderia servir de consolo, mas para quem está enfrentando um momento difícil, não passa de falácia. Mas será mesmo que os motivos apresentados acima (e aqueles omitidos aqui) realmente justificam o infortúnio?

A verdade que liberta

Sendo bem direto, não existe motivo para ninguém, eu disse ninguém, nesse mundo se sentir infeliz. Como assim?!? Você me pergunta. Não se "avexe", temos o post todo para explicar e assim o faremos.
É bom lembrar a você, antes de tudo, que qualquer que seja a situação em que uma pessoa se encontre na vida, isso é resultante única e exclusivamente de suas próprias escolhas. Tanto a nível consciente, quanto inconsciente. Além das escolhas feitas pela sua essencia divína antes mesmo dela nascer. Então, se você está exatamente onde escolheu estar, porque ficar frustrado, insatisfeito, infeliz? Antes de mais nada, você precisa saber que nada, absolutamente nada é ruim o bastante que não possa ser extirpado de sua existência. Afinal, o seu universo é você quem cria e você pode modificá-lo a seu bel prazer. 
Tudo isso é balela, poderá dizer alguém. Como posso sair de uma situação desagradável somente com base na escolha? Bem, para cada caso o seu remédio. Um flagelado da África, por exemplo, não pode fazer muita coisa a respeito de sua situação, não é mesmo? Mas antes, precisamos avaliar o porquê de ele ter nascido em um lugar tão "desafortunado". Como já foi dito aqui alguns escolhem viver uma existência cheia de privações e lutas afim de curar suas culpas e doenças psiquicas, por vontade própria ou porque outrém os convenceu de que este é o caminho para "evoluir". Neste caso, a consciência da escolha é, por si só, motivo para parar de se lamentar e se fazer de vitima.
Outras situações são bem mais fáceis de se livrar, o que nos impede de fazê-lo é o nosso já conhecido ego. Um relacionamento infeliz? Então por que não jogar essa "infelicidade" pro alto e partir pra outra? "Não consigo, eu o amo demais. Não sei viver sem ele." Hum, sei. Na verdade o apego está falando aqui, não o amor. E você escolhe manter um relacionamento fracassado para não ferir o ego. A grana tá curta, o emprego não é bem aquilo que você queria?! Bom, na maioria das vezes não é a grana que é curta, é seu apetite que é muito voraz. Então, amigo, reveja suas prioridades e trate de dar valor ao que realmente importa e não ao superfluo e fugaz. Novamente você escolhe ficar duro para poder comprar aquele sonho de consumo para, mais uma vez, satisfazer o ego. Quanto ao emprego? O medo de não conseguir outro o está impedindo de largar esse lugar que você detesta. No momento em que você toma consciência de que você tem toda condição de conseguir outro emprego e perder esse medo que não passa de ilusão, então você se livra de mais esse "motivo".
Assim, meu amigo, eu poderia ficar horas e horas "puxando sua orelha" e mostrando que não há motivo para tristeza além daquele auto-infligido por você. Mas temos que continuar e desenvolver mais o assunto.

Nem todo vicio é externo

É preciso que seja dito também que muitas pessoas são viciadas não em bebida, droga ou sexo... mas são viciadas no coquetel químico gerado pela decepção, frustração, medo, raiva. Dificil de acreditar?! É a mais pura verdade. Existem pessoas (mais frequentemente mulheres) que passam a vida se lamuriando, se fazendo de vítima e buscando motivos que confirmem essa condição. Só assim elas poderão continuar se sentido vítimas e gerando as emoções que irão encher seus organismos com adrenalina, cortizona e tantos quantos forem os agentes químicos gerados por estes sentimentos. Assim, essas pessoas se auto-sabotam patologicamente afim de conseguir alimentar o vício. Nestes casos, assim como em qualquer vício, a pessoa necessita de ajuda para curar-se, mas a cura para quem é viciado em emoções degradantes é bem mais difícil, pois a droga é fabricada e consumida dentro de si.

A sociedade estimula a infelicidade

Outro agravante para os infelizes é a própria sociedade. Além da pessoa ser viciada, ainda é estimulada a continuar no vicio. Como?! Bem, basta ligar o rádio e ouvir a penca de músicas "românticas"... canções com ritmo melancólico e falando de amor não correspondido, traição, desilusão. Liga-se a TV e a novela ou o filme mostra o que?!? Violência, traição, desilusão. A literatura?!? Nem preciso continuar.
Assim, amigo, não é de se admirar que nossa sociedade esteja do jeito que está. Cheia de gente "infeliz". Quanta bobagem! O que precisamos é nos perguntar quem é que ganha com essa condição. Não irei dar esta colher de chá a você, pesquise um pouco e descubra você mesmo. Mas saiba que alguém está se beneficiando com isso, não tenha dúvida. Se assim não fosse, não estariam investindo tão pesado na sua infelicidade.
Mas o que alguém poderia ganhar com a infelicidade alheia?!? Bom, enquanto você está se remoendo por dentro, se martirizando e gastando energia com algo que você escolheu, você deixa de focar sua atenção no mais importante, que é sua própria caminhada, sua jornada pela vida, seu propósito neste planetinha azul.

É na simplicidade que está o caminho

Vou confessar uma coisa a você, quando era mais novo eu tinha essa mania de grandeza que me fazia ter como objetivo na vida ser presidente ou algo do tipo. Na adolescência cheguei a querer me meter em grêmio estudantil para iniciar uma carreira política que me levasse a meu objetivo. Quando vi a sujeira que é a política, mudei o foco, acreditava que mudaria o mundo de outra forma, pelo caminho espiritual... daí já almejei ser pastor, gurú o escambal. Se tivesse continuado na ilusão talvez até chegasse em algum lugar, quem sabe... só para lá na frente perceber minha tolice e petulância. Mas ainda bem que despertei a tempo e hoje sei que não é bem por aí.
Mas até bem pouco tempo mesmo eu ainda achava que tinha algo de importante a fazer neste mundo. Alguém como eu, eu pensava, tinha que ter um propósito maior, mais condizente comigo. Então numa sessão de meditação foquei em meu propósito nesta vida. Sabe qual foi a resposta que recebi de meu Eu superior? "Seu propósito é cuidar de sua esposa e seu filho! " Tome!!! Baixe essa bola e ponha-se no seu lugar, seu trouxa, poderia dormir sem essa.
Depois de um tempo regurgitando essa revelação a ficha caiu: Pra ser feliz não preciso alcançar algo grandioso e nem ser alguém importante. Levar a vida simples e cuidar de minha família da melhor maneira, é algo digno e bom. Assim também estarei fazendo algo importante para o planeta: Posso criar meus filhos ensinando-lhes o caminho da verdade, guiando-os para que sejam pessoas despertas, compromissadas com sua evolução e com o bem deste planeta. Estes, poderão fazer o mesmo pelos meus netos e assim por diante. E na simplicidade da vida, algo grande pode ser alcançado. Não aqui, não agora, mas lá na frente, sem minha participação direta, mas tendo a mim como alguém que contribuiu de forma singela para um resultado que hoje nem posso conceber.

Então, meu amigo(a) desencane! Sua contribuição para um mundo melhor pode ser apenas uma palavra dada, não importa. Viva sua vida conscientemente e pare de dar ouvidos para o que o sistema lhe diz. Saiba que sua felicidade está em suas mãos, bastando para isso que você a abrace.

Assim por hoje me despeço.

Na eterna felicidade, deixo-lhe o meu abraço.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Vida vazia, vida perdida

Depois de uma pausa para reflexão, retorno novamente para trazer o resultado deste período contemplativo. Durante este pequeno “recesso”, algumas questões vieram à tona, me questionando, confrontando e me fazendo pensar no propósito de minha vida e na vida que as pessoas em geral levam. O título do post pode até parecer meio depressivo. De fato, observando o cotidiano do cidadão médio, não há outro sentimento que possa vir como resultado.

Massagem no Ego?


Um dos questionamentos que me assaltaram neste meio tempo foi o seguinte: “Estarei eu utilizando o espaço do blog somente para me auto promover e inflar o Ego?” Essa pergunta me atingiu de uma maneira um tanto inesperada, mas, não deixa de ser uma possibilidade. Afinal, o Ego é ardiloso e se não o mantivermos em rédea curta, já sabemos o que pode acontecer.
Bom, voltando ao assunto, a resposta para tal pergunta não é tão óbvia quanto um sim ou não. Temos a tendência de polarizar tudo na nossa realidade, entretanto, o universo não é regido pela polaridade, mas pelo equilíbrio. Polaridade leva ao conflito, à desarmonia, ao caos. No caso da questão sobre o blog estar sendo uma ferramenta para massagear o meu Ego, tenho que admitir a você que a resposta é sim e não. Como assim?! Meu ego quer se promover e se sente lisonjeado com a quantidade de acessos, com os elogios nos comentários e tudo o mais. Se algum blogueiro disser que não sente a mesma coisa com o “sucesso” de audiência está enganando seus leitores ou não conhece a si mesmo. Porque essa é a natureza do Ego, se auto afirmar e buscar a primazia sobre a essência divina. Há algo de perverso nisso? Depende. Se o ego for o senhor de sua vida, a perversidade estará manifesta e todo o esforço empreendido comprometido, entretanto, se o ego estiver em seu devido lugar (como parte da ferramenta corpo/mente para manifestação do Ser neste plano de existência) então o Ser pode “administrar” esse rompante egóico e compreender que isso não passa de infantilidade e rebeldia do “instrumento” querendo, em vão, mostrar o seu valor. É aí que o não da questão se faz presente e trás como consequência a razão de ser deste “empreendimento”: Contribuir com a evolução humana da maneira mais singela e possível a esta partícula do criador. Sendo assim, continuemos focados no objetivo de crescer e ajudar os outros a fazer o mesmo.

Viver pra que mesmo?

É desanimador observar como as pessoas jogam suas vidas fora. O fascínio pelo mundo é tamanho que ofusca qualquer tentativa de fazer desta vida algo útil para o planeta, para a espécie e para si próprio. Vejo pessoas se submeterem às mais degradantes situações só para manter ou atingir um status-quo na sociedade que não passa de ilusão e esterco.
Algo emblemático que me fez pensar sobre isso é o absurdo mundo das celebridades (que de celebre não tem nada). Alguns podem achar que eles são aqueles que se deram bem na vida, são os vencedores e o modelo a ser seguido. Mas será mesmo? Se é assim, por que os tabloides estão cheio de notícias sobre suicídios, prisões, alcoolismo, drogas, divórcios e todas as atitudes de quem quer fugir da realidade? Há algo de errado aí, e estes são os sintomas que vêm à tona. Na verdade estas celebridades estão no topo da insanidade humana! Cantores que se submetem a jornadas desumanas de shows para poder manter a riqueza pessoal e o sucesso, compositores levados ao desespero para emplacar outro sucesso nas paradas, praticamente fritando seus cérebros para que a criatividade aflore com toda a frequência frenética necessária para matê-los na mídia; escritores, idem; atores que emplacam um filme atrás do outro, modelos obsessivas com o próprio corpo são levadas ao desespero com a chegada da idade ou uns quilos a mais. E o que inicialmente era algo prazeroso (cantar, atuar, escrever, jogar), passa a ser um martírio e, assim, todos são levados ao limite do seu potencial por um objetivo ilusório e que, no fim, os torna escravos de seus próprios desejos, deixando de lado, por conseguinte, a razão de ser de seu esforço: viver a vida.
As celebridades são o exemplo máximo, mas cada cidadão do planeta, em um grau menor, é verdade, vive o mesmo drama: Passa os primeiros anos da vida numa escola que irá prepara-lo(?!!?) para trabalhar, ter filhos constituir uma família. Então o cidadão adquire a famigerada ambição e não se satisfaz em ter o bastante, mas quer ter mais e mais. Quer ser como as celebridades, ganhar muito dinheiro, poder fazer o que bem quiser e ser tão belo quanto... (vira escravo do Ego). Como os recursos são limitados e nem todos tem talento/capacidade de ir tão longe, o cidadão comum repousa na sua mediocridade.
A maioria aceita com resignação a vida programada desde o princípio. Não, é claro, sem o esporão da frustração lhe espetar todos os miseráveis dias de sua vida: “Por que não nasci rico, por que não tenho um talento extraordinário, por que não sou tão bonito...” E nessa frustração fica cego e também esquece de viver a sua vida e vive da ilusão da beleza inalcançável (a não ser que tenha um photoshop pra ajudar) da fortuna e da vida dos outros. Não é a toa que os tabloides, sites de fofoca, revista de beleza e boa forma, e a TV tem tanta audiência.
É por isso, querido leitor, que não caio na armadilha do meu Ego e não transformo algo prazeroso, com propósito e objetivo definido (que é escrever aqui), em uma busca insana por “audiência” e popularidade, sendo levado a cair na mesma insanidade descrita no inicio deste tópico. Tenho uma vida para viver e descobertas a fazer assim como cada um que está neste mundo.

Fique atento e não caia nesta armadilha também.

Um abraço.

sábado, 12 de março de 2011

Onde você foca sua atenção, aí está sua condição


Onde você está focando sua atenção? Na ressaca do carnaval, no terremoto do Japão, no domingão do Faustão? Você pode não estar ciente disso, mas existe uma responsabilidade individual com o próprio estado de consciência. Por que? É sobre o que iremos refletir neste post.

De quem é a culpa?

Pare um instante e perceba a realidade ao seu redor... lembre-se de como está sendo o dia de hoje para você. O que você assistiu na famigerada TV, por onde andou, quais foram as circunstâncias as quais você decidiu dar atenção? A resposta a essas perguntas irá te dizer qual realidade você está criando para você e para o planeta. Você ficou chocado(a) com a catástrofe do Japão, pesquisou muito sobre isso na internet? Achou que o terremoto é mais um sinal do fim? Aproveitou para pesquisar sobre sinais apocalípticos? Se sua resposta é sim, saiba que você contribuiu para o que aconteceu e, além disso, está construindo um cenário catastrófico bem mais grave para um potencial futuro. É isso mesmo, amigo(a), a culpa não é de Deus, dos demônios ou dos Iluminatti, a culpa é Sua! 
Pode parecer um discurso duro, mas é a mais pura verdade. Já vimos aqui e aqui como o universo é uma combinação coletiva das realidades que cada um cria para si. Então, se você não está satisfeito com o mundo em que vive, deixe de colocar a culpa em qualquer agente externo, e busque dentro de você a sua contribuição e mude isso. Anda vendo muito o programa do Datena? Não fique surpreso depois se um assaltante o abordar.  Anda insatisfeito com seu emprego? Tarááá, procure sua carteira de trabalho que muito em breve alguém poderá solicitá-la. é simples assim, amigo, onde está sua atenção, aí estará a realidade que você busca.

Parece clichê, mas...

Para mudar o mundo, comece mudando a você mesmo. Quantas vezes você já escutou isso? Muitas né. E quantas vezes você deu ouvidos a isso? Se você anda por aqui, devo assumir que o bichinho da inquietação já o mordeu e você já não é mais um zumbi passando pela vida sem vivê-la. Entretanto, você precisa começar a entender que apenas ler sobre alguns assuntos "pouco ortodoxos" não vai fazer de você alguém melhor e tampouco mudar o rumo para onde as coisas estão indo. Você tem uma responsabilidade cósmica com a qualidade de sua consciência. Mesmo aquele vizinho que passou a semana inteira na farra e agora lamenta que tenham sido apenas cinco dias de carnaval (ou seja, aquele zumbi), tem essa responsabilidade.  Entretanto, não faz diferença se ele ou você tenha ciência disso. A sua responsabilidade é cobrada a cada evento que se materializa em sua vida e no resto do planeta. Se você não tomar essa responsabilidade para si, outras pessoas continuarão a tomá-la por você! E eu acredito que você não esteja muito satisfeito com os rumos que estão dando para nossa realidade, não é mesmo? Então, meu amigo, pare de ficar só na teoria e AJA! Já passou da hora de mudarmos o foco de nossa atenção e passarmos a escolher aquilo que queremos para nossas vidas. Eu sei que a sensação de clichê continua, mas ninguém virá te salvar daquilo que você escolhe a cada segundo como sua realidade, só você pode se libertar disso. Lembra da lenda do vampiro? Pois é, ele só entra na sua casa se você o convidar!!! Nada mais longe da ficção que isso.

Por onde começar?

No blog tem muitos toques sobre como começar, mas o mais importante é estar consciente o máximo de tempo possível. Como assim? Alguém perguntaria. Bom, já vimos aqui que o fato de estar acordado, pensando e fazendo coisas não significa estar consciente. A grande massa de humanos neste planeta passa a maior parte de sua vida vivendo inconscientemente. Escravizado pelo Ego, o homem esquece quem é e desperdiça a vida que planejou. É duro para o Ser ter que assistir ao Ego humano estragar sua oportunidade de crescer e contribuir para melhorar este planeta. Mas é isso que acontece com boa parte de nós. Então, amigo, primeiro de tudo você precisa acordar.  Desligue a TV, o rádio o computador, pare de dar atenção a estes aparelhinhos que foram criados para manter você longe de sua essência e de você mesmo. Já reparou o quanto sua atenção é solicitada? Você perde tanto tempo dando atenção e esses aparelhinhos e suas distrações que deixa de focar no mais importante: Você mesmo. A coisa é tão séria que alguns não suportam o silencio. Se estão sós sem alguém com quem conversar, não aproveitam para conversar consigo mesmo, ligam o rádio ou a TV e continuam hipnotizados. Então, amigo, comece por curtir a si mesmo. Abrace o silencio e veja o que acontece. Divague, converse com você mesmo e imagine uma vida melhor. Deixe as pré-ocupações de lado e foque só em você. Quem sabe com o tempo você consiga ouvir o seu Eu? Acho que esse seria um bom começo, depois disso, você mesmo saberá por onde deve ir. Acredite, já passei por isso também.

Então é isso, aperte o off e boa viagem.

Um abraço.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sereis como Deus


"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gênesis 3: 1-5)

Hoje quero conversar com você sobre o mais eficaz mecanismo de controle mental: Religião. E mais precisamente sobre a cristã, que conheço muito bem por já ter sido um fundamentalista fiel.

A grande mentira de Satanás

No trecho da bíblia acima coloquei aquilo a que os cristãos chamam de a grande mentira de Satanás, que foi ludibriar Eva com a promessa de que ao comer do fruto proibido, ela e seu marido seriam como os deuses, conhecedores do bem e do mal. Ora, vendo por essa ótica, o que eu e tantos outros blogs estão fazendo é repetir a mesma mentira da "antiga serpente", pois já afirmei diversas vezes neste blog que somos centelhas do criador, co-criadores, e dotados de natureza divina. Isto é, somos como Deuses
Caso algum cristão fundamentalista esbarre por aqui, ficará de cabelos em pé e provavelmente sairá o mais depressa possível deste blog taxando-o de coisa do demônio, blasfêmo e herege. Sei disso porque já agi exatamente dessa forma. Por um tempo, achei que minha estada no cristianismo fora um desvio no meu caminho, um atraso de vida. Hoje sei que estava nos planos de minha essência divina que eu passasse por isso, para assim, poder compreender os mecanismos limitantes da consciência a que as pessoas se submetem ao abraçar tal religião. 
A grande mentira não é a de Satanás. A grande mentira é daqueles que querem que você acredite que um inimigo imaginário de Deus proferiu tais palavras. Palavras estas que o conduzem para o caminho oposto ao qual deves seguir. Essa é a grande mentira. Muito conveniente para os controladores dizer que quem te conta que você é um "pedaço" de Deus, está repetindo a "lorota" do Demo. Os que acreditam nisso rechassam toda e qualquer possibilidade de despertar, pois permanecem presos ao medo de se tornarem hereges e sofrerem o castigo divino por dar ouvidos a tais "mentiras". 

Será mesmo mentira?

Agora, amigo leitor, deixe-me transcrever trechos da própria biblia, que nos dizem exatamente a mesma coisa que o "capiroto" disse. E pra piorar, esses trechos são falas do próprio Jesus: 

"Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim." (João 17: 21-25)

Não pense que as palavras de Jesus ficaram impunes, já naquela época, os religiosos pensavam exatamente como os de hoje, veja:

"Eu e o Pai somos um.
Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar.
Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?
Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?
Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?
Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.

Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele." (João 10: 30-38)

Agora transcrevo o trecho que o mestre citou aos judeus:

"[Salmo de Asafe] Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.

Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)
Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.
Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes.
Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações." (Salmo 82)

Mais claro que isso impossível. Aí me perguntaria você, então a bíblia se contradiz? Bem, deixe eu falar algo sobre a bíblia para você que talvez não seja de seu conhecimento: A Bíblia não é um livro único, coeso e escrito pelo mesmo autor (apesar de que para os cristãos o autor é único, Deus), a bíblia é um compêndio de livros escritos por autores diferentes em épocas diferentes. O velho testamento, por exemplo, é um apanhado de escritos antigos, baseados em outro ainda mais antigos. O Gênesis, por exemplo, foi baseado em escritos da época da antiga Suméria e está cheio de influencia Anunnaki. 

As diferentes verdades bíblicas

Quem conhece bem a biblia, não deixa de notar a enorme diferença entre o deus irascível e vingativo do antigo testamento para o pai amoroso e misericordioso do novo... por que é assim? Na época em que os "deuses" viviam entre nós, a Terra era dividida em regiões que eram protetorado de um "deus" diferente. O Oriente Médio era protetorado de Enlil, assim como a África era de Enki e a América do sul de Ningishida (Quetzalcoatl), filho de Enki.
O antigo testamento é baseado única e exclusivamente nos ensinamentos de Enlil, o protetor do povo judeu. Enlil tinha uma inimizade com seu irmão Enki pelo fato de este ter "brincado de Deus" e ter criado o homem e por diversas vezes Enlil intentou destruir a criação de seu irmão. Entretanto, depois de aceitar que a humanidade era essencial para a sobrevivência anunnaki, Enlil decidiu manter seus protegidos "na rédia curta" e passou a maioria dos ensinamentos e estórias que vemos no antigo testamento. É dele a "conversa fiada" de que a serpente mentiu para Eva e bla-bla-blá. Não era nada interessante para Enki que os escravos humanos descobrissem que ele não era o Senhor todo-poderoso e que eles também eram divinos.
Já Jesus, veio aqui para nos contar a verdade. Ele não se preocupou em tentar desfazer o estrago que os outros deixaram. Ele veio, viveu e nos mostrou a verdade fundamental de que nós somos "filhos de Deus", isto é, da mesma natureza que ele, e que devemos deixar de viver como animais e passar a viver como seres elevados que somos. 

Jesus plantou a semente

Alguns podem pensar que Jesus não foi tão bem sucedido em sua missão, visto que o homem não mudou muito desde então. Devo discordar dos que pensam assim. O mestre, desperto e plenamente ciente de sua natureza divina, sabia que despertar a humanidade não era tarefa para o tempo de uma única vida. O que ele fez foi plantar a semente que está germinando na atualidade, mas que pode ter seus efeitos sentidos desde a séculos. Pare para pensar um pouco; Antes de Jesus vir aqui, a diversão dos homens era levar seus escravos para arenas para se matarem ou serem comidos por feras. Antes de Jesus descer, a escravidão era o regime político mais comum entre as nações. Demorou alguns anos para os efeitos de seus ensinamentos darem seus primeiros frutos, mas não tenha dúvida de que foi a crença judaico-cristã que levou o mundo a abolir tamanhas atrocidades, apesar de muitas outras continuarem nos perseguindo.

A verdade que não é pregada

Durante todos os anos que passei indo a igreja, nunca vi nenhum pastor pregar sobre os trechos bíblicos que postei acima. Por que?! Pelos mesmos motivos que fizeram Enki ensinar o que ensinou: Controle. Se o Pastor sair por aí pregando que Deus está dentro de nós, que nós somos particulas divinas e que não necessitamos de alguém que nos ensine coisa alguma, pois a verdade está dentro de nós, se disser que não precisamos ser salvos de nada, quem permanecerá sobre seu julgo? Ninguém! Todos são mantidos fiéis por causa do medo de ser lançado no "lago de fogo" se não seguir à risca a "doutrina" ensinada pelo Sacerdote. Esse é o motivo de ignorar certos ensinamentos e enfatizar outros. Hoje, com certeza, os cristãos teriam a mesma reação que os antigos judeus tiveram se Jesus aparecesse dizendo-lhes que Deus está dentro de cada um deles.

Libertos das amarras religiosa, caminhemos.

Um abraço.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A insustentável leveza do ser


Você já imaginou a dificuldade enfrentada pelo Ser, seu Eu superior, para se manifestar nesta dimensão física? Você consegue compreender o desafio que é tentar realizar uma missão ou cumprir um plano traçado com os recursos extremamente limitados que o Ser dispõe aqui? Este post vem abrir um pouco sua mente sobre esse aspecto tão negligenciado por nós mas que é de considerável importância.

O nascer e o morrer

Para o ser humano médio, adormecido e perdido no mundo físico, o nascimento é uma celebração, tradicionalmente comemorada todos os anos da vida do indivíduo. Enquanto a morte é encarada com extremo pavor e vista como o fim da linha, a maldita sina humana a que, mais cedo ou mais tarde, todos têm que sofrer. Você que acompanha esse blog já sabe do tremendo engano que é lidar com a morte da forma que a humanidade lida hoje. Mas, alguma vez você já imaginou como o Ser, seu verdadeiro Eu encara essa dualidade nascimento/morte?
Sob a ótica do Ser, de certa forma as coisas se invertem; o nascimento é encarado pelos seus pares e por ele mesmo como um sacrifício a se fazer a fim de se atingir um objetivo. Nascer é como o morrer para o Ser livre, pleno e em unidade com tudo o que é. Mas como assim? Alguém perguntaria. Ora, tente entender com os olhos do Ser o que o nascimento neste mundo representa. Nascer significa esquecer-se de quem é, perder a comunhão com a Fonte, afastar-se dos seus pares e do ambiente o qual se vive, perder a liberdade de ação e estar confinado em um veículo limitado, fraco e imperfeito. E ainda comemora-se todo ano este momento “sublime”.
Em contrapartida, a morte é um momento de extrema alegria, paz e regozijo. Existe farto numero de relatos sobre casos de quase morte onde as pessoas sempre dizem ter sentido uma tremenda paz e alegria. Isto é sintomático a respeito do que estou falando. O Ser, ao se livrar do veículo físico, tem a possibilidade de recobrar a consciência, libertar-se do mundo pesado que é o físico e “retornar para casa“ e para o convívio dos seus, que o recebem com extrema alegria. Digo tem a possibilidade pois na maioria das vezes não é isso que acontece, a situação degradante da humanidade é tal, que ao morrer o Ser se livra do corpo de carne, mas permanece com o corpo emocional, também conhecido como corpo astral ou períspirito, aquela parte do veículo que se identifica com a mente e leva para o outro lado todas as “mazelas” emocionais do veículo. Já falamos sobre isso aqui.
Pode parecer que eu estou sendo um tanto quanto sombrio e pessimista, mas, infelizmente, esta é a verdade. Quantas e quantas pessoas, depois de uma noite desfrutando um pouco da dimensão astral, ao chegar o momento de acordar de manhã e voltar para suas vidas, sente um desânimo e uma vontade de não voltar à prisão dimensional? Você se assustaria com a quantidade de pessoas que estão nessa situação. O único motivo que as faz ter forças de voltar ao corpo e levantar de manhã é sua missão, seu objetivo almejado para essa vida.

Carro desgovernado

Além do fato de ter que suportar a prisão dimensional, a esmagadora maioria dos Seres tem que aguentar um veículo (corpo/mente) rebelde e desgovernado. Meu Ser me contou o quanto é desgastante você lidar com um veículo que tem vontade própria e é surdo para com seu “condutor”. Deixe-me fazer uma analogia para que você possa entender o suplício que o Ser tem que enfrentar durante sua passagem por aqui:
Imagine que você seja o Ser, o Eu superior pronto para uma jornada no planeta Terra e que um carro de passeio seja o seu veículo de manifestação no físico. Agora, sua missão é entrar no seu veículo e ir ao aeroporto para pegar um parente seu que vem o visitar. Parece uma missão bem simples não é verdade? Mas e se ao sair da garagem, você percebesse que o volante do carro é extremamente duro e pesado de se manobrar e que, de vez em quando, ele vira sozinho e entra numa rua completamente fora de sua rota? Que quanto mais você tente corrigir a rota, mais o carro se rebela e entra num desvio? Será que você algum dia conseguiria chegar ao aeroporto? Talvez um milagre o ajudasse.
Entende agora o quanto é desanimador para o Ser ter que “aturar” o veículo (Corpo/Mente)? A sorte é que nosso Ser é paciente, ele sabe que aquele veículo pode um dia, talvez, acordar, sair da rebelião e voltar aos trilhos... e se ele não amansar, nada como outra tentativa com um veículo novinho lá na frente. O Ser não tem pressa, ele tem a eternidade toda pela frente, ou melhor, ele não se preocupa com o tempo pois sabe que este é uma ilusão útil apenas ao veículo.

Adaptação difícil

Um dos momentos mais críticos para o Ser em sua jornada no físico são os primeiros anos de vida. Neste período o Ser está extremamente limitado em suas ações, está confinado em um corpo diminuto e tem que aprender as particularidades daqui; comer, falar, pensar... tudo é novidade e difícil de se fazer. A infância é uma das particularidades deste planeta e também um dos grandes entraves na jornada do Ser. Pois esse é um momento onde o veículo está mais fragilizado e suscetível às investidas do sistema e o Ser não tem muito poder de atuação ainda. Quando a Terra ascender da condição de prisão em que se encontra, a infância será uma das coisas que desaparecerá também. Não que a infância seja algo negativo, de forma alguma, ela é extremamente útil em um mundo sem amor como o nosso. A condição frágil, meiga e dependente da criança ajuda a criar o vinculo amoroso entre ela e os pais visto que na maioria das vezes, neste planeta, laços de sangue significam carma, resgate, culpa, remorso. Em outros planetas esse tipo de vinculo não existe, o amor incondicional é incompatível com os laços familiares. O Ser manifesta seu amor a todos sem distinção ou preferências. No nosso planeta isso é ainda uma utopia.  

No despertar, a paz

Quando a pessoa desperta do sono de Maya, as coisas se tornam muito mais fáceis para o Ser. Todo o problema com o “carro desgovernado” começa a desaparecer e o Ser pode cumprir seus objetivos com mais facilidade. Por isso é tão importante que você desperte, quanto mais pessoas despertarem, melhor, é o efeito do 101º macaco. Com o despertar, inevitavelmente vem a paz e a serenidade de que este planeta tanto carece. Sem o movimento de resistência do veículo, mente e espírito podem andar juntos e a existência neste plano passa a ser uma jornada bastante interessante.

O fim do Medo

A primeira coisa que vai embora quando se está desperto é o Medo, uma vez que a raiz primeira do medo é a morte. Com o Ser em constante comunhão com o veículo, o medo da morte perde o sentido e todas as outras formas de medo tendem a se esvair no mar do esquecimento. Sem medo, o Ser pode se expressar plenamente e a liberdade pode ser experimentada novamente, em menor escala, é claro, mas o desperto efetivamente torna-se inabalável. Que coisa pode ameaçar alguém sem medo? A morte, a fome, o futuro? Com a consciência da imortalidade, nada pode atingir o desperto! Com esse grau de liberdade, você deixa de gastar a vida procurando meios para se proteger (Emprego estável, aposentadoria, acumulo de riquezas...) e passa a focar no que realmente importa e para o que você veio fazer aqui. É assim que o carro deixa de ser desgovernado e o Ser fica pronto para cumprir seu objetivo.

Um abraço.
de Ser para Ser.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desperto ou Dormindo?

Acho que todos, alguma ou algumas vezes na vida, já se perguntaram se estão despertos ou se ainda dormem, espiritualmente falando. Afirmo isso com conhecimento de causa, pois eu mesmo, até pouco tempo achava que estava ainda “despertando”, mas que, de fato, não era ainda um “desperto”.
Hoje vou contar a você um pouco de minha experiência nesse campo e como consegui entender profundamente a diferença entre estar dormindo ou desperto. Quem sabe lendo sobre minha experiência, você consiga abrir um pouco mais a mente e perceba o que acontece dentro de você mesmo.


A eterna busca pela iluminação

Um dos grandes entraves ao meu processo de despertar foi o de projetar esta condição a um evento futuro. Eu já sabia a diferença entre estar desperto e dormindo, já tinha experimentando um sono profundo por um período em que me deixei levar pelos grilhões da religião. Entendi, portanto, que o meu processo de despertar iniciou-se quando percebi a prisão mental da religiosidade. Entretanto, acreditei que o caminho teria que terminar com um “gran-finalle”, algo que não me deixasse mais dúvidas de que estava no caminho certo, aguardava o momento da tão sonhada iluminação. Assim, perdi um tempo precioso buscando a iluminação que me corroborasse a condição de desperto e a partir dos quais “todos os meus problemas acabariam”... a iluminação era um verdadeiro produto tabajara.
Assim, devorei livros sobre vários assuntos “exotéricos”. Meditação, espiritualidade, ufologia, projeção da consciência, vidas passadas... todos eram assuntos fáceis na minha biblioteca. Porém, minha frustração só crescia com o passar do tempo. Pois quanto mais aprendia, menos progressos eu via e a iluminação nunca chegava.

Não haverá um evento extraordinário

Nessa minha busca, eu já tinha entendido que a verdade estava dentro de mim e não fora. Assim, parei de ler livros sobre teorias e experiências dos outros e passei a ler livros que me ensinariam técnicas de como eu ter as minhas próprias experiências e descobrir por mim mesmo as tais verdades fundamentais. Assim, voltei a cair no erro e “travei” no progresso tentando sair do corpo, lembrar minhas vidas passadas, entrar em contato com o meu Eu superior... Muito tempo perdi nessa empreitada. Até que num belo dia a ficha caiu: “Não é projetando um evento futuro que atingirei a iluminação”. Lógico, o futuro não existe!!!! E eu me peguei sabotando a mim mesmo, achando que o despertar deveria culminar com uma bela viagem astral ou uma expansão da consciência que me daria uma experiência um tanto quanto psicodélica... Eventos para o qual eu deveria me preparar e que aconteceriam quando eu estivesse pronto. Ou seja, eu estava aguardando por um futuro que nunca chegaria, pois o que existe é só o Agora e o despertar só pode ser alcançado agora, com os recursos que você possui neste momento e não num evento extraordinário que venha a acontecer no futuro e pelo qual você pode passar a vida toda a esperar.

É necessário se libertar do EGO

Depois desta "sacada", que tive durante um momento de meditação, todos os entraves foram por água abaixo. A partir deste momento percebi que até agora estava tentando despertar através do EGO e este, me armava armadilhas as mais diversas para me manter preso ao seu domínio, pois o despertar traz como consequência a libertação do ego. Percebi que minha ânsia por despertar já estava latente em mim desde o princípio. Não como vontade egóica, mas como planejamento anterior ao ego, anterior ao surgimento desta personagem que interpreto agora. Entretanto, o Ego se tornara muito forte neste personagem e armava estratagemas para me ludibriar. Primeiro me encaminhou para as religiões. Já fui católico, espírita, evangélico... depois, me encaminhou para os livros, para as técnicas, para a eterna busca. Quando me libertei de seu domínio, entendi que o despertar não é algo que se compreende com a mente, não é algo que se alcance utilizando técnicas e métodos. Técnicas, métodos, teorias, explicações, são coisas pertencentes ao domínio do Ego, ele fica muito confortável entre estas coisas. Enquanto você não driblar o ego, permanecerá nessa roda-viva em busca de algo que o ego não está disposto a lhe dar.

Despertar é a arte de lembrar

Agora entendo que despertar é lembrar quem você é. Essa é realmente a sensação que temos  quando nos damos conta que estamos despertos. Outra coisa que percebi foi que o que lembrei agora é algo que eu já sabia quando era criança e só agora me dei conta disso. Essa persepção me trouxe outra revelação: "Nós não nascemos dormindo, nós adormecemos no decorrer da vida". Por conta do sistema que nos foi imposto, por conta da densidade desta dimensão... os fatores são muitos. Assim, a partir de agora terei bastante cuidado com a educação de meu filho. Farei o possível para que ele mantenha viva a conexão com a Fonte e não adormeça como aconteceu comigo e como acontece com 99.99% da humanidade. É completamente verdadeiro aquele ensinamento do mestre  que diz: "Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele". 

Você precisa se render

Para que você drible o ego e lembre-se quem verdadeiramente você é, é necessário que você se renda, pare de brigar com o ego e só escute. Deixe o ego esbravejar e lutar sozinho e apenas observe. Se você lutar com ele ele só ficará mais forte e a luta será inglória para você. Porque a vitória, o combate, a competição, são objetivos desejados pelo Ego. O Eu maior não está interessado em vencer ou preocupado em perder, a Ele o importante é experimentar e atingir a meta planejada. A rendição, no caso, não funciona somente com o ego, mas com todas as circunstâncias da vida. O ato de render-se dá fim a qualquer conflito, interno ou externo e põe o universo a "girar". Quando despertei, ví que isso já aconteceu diversas vezes na minha vida, quando por pouquíssimos segundos ouvia meu Eu interno e atendia a sua sugestão para que me rendesse e deixasse as coisas fluirem. O exemplo mais vivo que tenho disso foi na época que conheci minha esposa. Antes de conhecê-la, vivia sentindo pena de mim por "ser uma pessoa solitária", alimentava esse sentimento e me auto-sabotava para que desse razão a minha sina. Um belo dia, pensei comigo mesmo: "Quer saber, não vou mais me preocupar com isso". Pouco tempo depois conheci aquela com quem me casaria e seria muito feliz, simples assim. 
Na verdade, foi no processo de rendição que me dei conta que um mega evento pirotécnico não me era necessário para o despertar. Não que isso seja uma regra geral. Muitas pessoas experimentam uma experiência transcendental que mudam sua forma de ver o mundo para sempre, entretanto, quando me rendi ao fato de que talvez isso não aconteça comigo, fiz as pazes com o ego e pude ouvir a voz interior me dizendo que não era o momento para isso acontecer comigo. Meu Eu é quem determinou, antes desse personagem "descer" ao fisico, que a experiência "transcendental" não aconteceria até o tempo certo chegar. Ainda não me foi revelado quando, talvez seja só no momento de "voltar pra casa", mas se o meu Eu maior,  que tem a visão mais ampla de tudo,determinou assim, quem é meu ego para discutir? Percebeu como a coisa funciona?

O Ego não é seu inimigo

Como falei a pouco, a rendição acaba com a disputa, com o conflito. Isso me fez perceber que apesar de meu ego ter travado essa luta comigo durante tantos anos, ele não é meu inimigo. Na verdade, quando você desperta, fica mais claro o papel dele em sua vida. O ego é bastante útil na vida cotidiana. É ele que o permite interagir com o mundo e com as outras pessoas e não expor sua essência desnecessariamente. Existem ocasiões na vida onde o Eu é bem menos útil que o Ego. Eu escolhe ceder o domínio ao ego no trânsito, por exemplo. Já imaginou um Eu superior, generoso, manso, despreocupado, dirigindo num trânsito que mais parece uma selva?! Neste e em outros casos específicos, permito que o Ego tome de conta e faça o seu trabalho. Em ocasiões onde meu Eu não gostaria de estar ou não tem um pingo de interesse em participar, quem assume? Ele, o bom e velho ego aparece para cuidar da situação. Dessa forma, meu Eu se preserva de estar presentes em momentos sem significado ou maior importância para minha experiência nesse mundo. Assim, a maioria das pessoas com quem convivo só conhecem meu Ego, não a mim verdadeiramente. Minha essência escolho revelar àqueles que estejam prontos para entrar em comunhão com ela, compreendê-la e trocar experiências construtivas. Como vocês, a quem me mostro verdadeiramente, sem as pretensões ou exibicionismos do Ego e conversando sobre assuntos que meu Eu se interessa e não pelas trivialidades para as quais delego ao meu Ego tomar de conta.

Então é isso. Espero que minha experiência o ajude na sua caminhada.

Um abraço, rumo ao despertar.